quinta-feira, 13 de maio de 2010

MEMORIAL DE LEITURA


Falar sobre como a leitura entrou na minha vida ou eu entrar no mundo dela faz-me recordar de minha humilde origem, pois nasci e cresci na comunidade Salgado localizada no município de Cruzeta-RN. Tive uma infância marcada pelo trabalho árduo junto as minhas outras quatro irmãs. Os poucos contatos que eu tinha com livros era na escola, porém não me recordo de nenhum que tenha ficado marcado no meu pensamento de criança, talvez devido os raríssimos momentos a que tínhamos acesso a leitura prazerosa. O ensino naqueles idos de 1984 era bem tradicional marcado pela decoreba e eu não gostava muito.
Felizmente, o tempo passou e ao chegar ao ensino fundamental e magistério encontrei professores com outro olhar sobre a importância da leitura na vida do indivíduo e então fui tendo contato com o mundo incrível das histórias. Viajei nas páginas de "A Moreninha", romance de Joaquim Manoel de Macedo, me encantei com "Os sertões", de Euclides da Cunha e daí em diante "O Cortiço", "Dom Quixote", "A Odisséia" e nunca mais parei.
O tempo também não parou e por ironia do destino ao ingressar no magistério fui gostando e pensando na possibilidade de lecionar. Não demorou muito e quando menos esperei estava eu diante de uma sala de aula. Certamente se não tivesse descoberto o gosto pela leitura não teria escrito esta estória hoje. Felizmente houve tempo de reparar os danos causados pela ausência de um incentivo; falo de danos porque quando criança fui excluída das viagens no mundo fantástico dos contos infantis, por exemplo.
Hoje, enquanto profissional da educação penso que a pessoa que tem uma história significativa de leitura certamente terá um olhar mais crítico em relação ao mundo e construirá novos caminhos para sua existência na sociedade.
Regina

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